A Inteligência Artificial (IA) é uma ferramenta cada vez mais presente em nosso dia a dia. De um conceito que antes parecia distante. Agora se tornou uma parte acessível na vida de pessoas no mundo inteiro, incluindo o Brasil.

Muito além de responder dúvidas e realizar criação de imagens, hoje, a IA também se tornou uma ferramenta de trabalho. Inúmeros aplicativos como Chat GPT e Gemini estão presentes em escritórios e até salas de aulas, realizando diversos tipos de serviços ou tarefas.

Na criação dos websites e seus conteúdos, não ocorre de forma diferente, a AI também está presente. De fato, a Inteligência Artificial vem transformando a forma como criamos conteúdo, mas, junto com as facilidades, surgem também riscos quando o uso é feito de maneira incorreta.

Neste artigo vamos entender como a IA pode ajudar na criação de textos para sites e, principalmente, quais cuidados devem ser tomados para que ela não retire a credibilidade da sua marca. Vamos lá?

O impacto da Inteligência Artificial na produção de conteúdo

Com o avanço das ferramentas de Inteligência Artificial, ficou fácil gerar textos em poucos segundos. No entanto, junto desse avanço, o Google vem reforçando que quantidade não é sinônimo de qualidade.

Segundo as diretrizes do Google Search Central, quando estamos produzindo um conteúdo, ele deve ser feito para pessoas e não apenas para buscadores. Ou seja: não basta usar IA para preencher um site: é preciso garantir valor, originalidade e experiência real. É preciso ter esforço.

"😰 Sem esforço, dificilmente um conteúdo
se destaca no cenário moderno de SEO e GEO"

Além disso, estes agentes inteligentes contam com questionamentos acerca de seu funcionamento, principalmente questões relacionadas ao roubo de produções humanas, o que gera debates nas redes sociais. 

Com isso, o próprio Google mantém o Quality Rater Guidelines, um guia usado para avaliar se um conteúdo é útil e confiável. 

O que acontece com um site quando um texto é feito totalmente por IA

No guia, textos gerados automaticamente por IA, ou seja, sem esforço humano ou contribuição autoral, são classificados como “conteúdo de baixo valor”.

Uma vez que são classificados assim, as publicações feitas tendem a ter um desempenho ruim nas buscas da plataforma e isso pode afetar diretamente a entrega do seu site, que deixa de ser recomendado aos internautas. 

Além disso, a plataforma também pode encarar seu portal como conteúdo de baixa confiança, afetando sua credibilidade. 

Como saber se um texto foi produzido por um robô

Mas como descobrir se um texto foi feito por IA? É válido ressaltar que não apenas o Google, mas diversas outras plataformas vem atualizando cada vez mais seus recursos para localizar conteúdos automáticos. Hoje, existem alguns padrões que ajudam a ressaltar esse tipo de redação. 

Quando o texto de um site é produzido inteiramente por IA, sem qualquer esforço, ele costuma apresentar “problemas” comuns, mas facilmente notáveis:

• Falta de autenticidade: o texto soa genérico, sem a voz da marca que está o divulgando

• Informações repetitivas: a IA é famosa por repetir dados já existentes, sem acrescentar algo novo em seu decorrer 

• Baixa conexão com o público: por seu tom genérico, a ferramenta costuma produzir textos com baixa conexão com o público

• Repetição excessiva de emojis: a repetição contínua de emojis em títulos, subtítulos e finais de frase também se tornou um padrão da IA

Como usar IA de forma inteligente e justa

Apesar dos pontos de atenção citados anteriormente, isso não quer dizer que você deve abandonar esse sistema. Em um mundo tão avançado, principalmente o digital, você acaba ficando para trás ao deixar de lado uma ferramenta tão atual. 

Para se manter em dia com as tendências atuais, o ideal é utilizar de seus avanços como uma forma de apoio e não como substitutos do trabalho humano. Para entender melhor, separamos algumas formas seguras e produtivas de aproveitar a tecnologia:

1. A AI para transcrição e transformação de ideias autênticas é positivo

Você pode gravar um áudio descrevendo seu produto ou serviço e pedir que a IA organize e revise o texto, sem adicionar informações externas. Assim, ela atua como revisora, mantendo o seu tom voz e o seu esforço.

2. Processar seu conteúdo e sintetizar informações complementares 

A IA pode ajudar a mapear o que não pode faltar em uma descrição de serviço ou página online, tornando a parte da escrita para quem está do outro lado mais fácil. 

Um exemplo é pedir para que a ferramenta aplique o 5W2H, em uma ideia de pauta, essa é uma metodologia para criação de textos e que, através de sete perguntas, irá detalhar um plano de ação de forma clara e eficiente para sua redação.

3. Otimização ao sugerir adequação para padrões

Ferramentas com IA podem ajudar na escolha de palavras-chave, descrições e subtítulos, desde que o conteúdo base seja genuinamente produzido por humanos. Tudo isso ajuda o site a ranquear bem no Google e chegar em mais pessoas. No Interago, por exemplo, CMS no qual escrevo este artigo, há uma ferramenta de correção com AI focada em SEO.

Conteúdo autoral deve ser o foco principal

De acordo com a análise “Mensurando Impacto e Engajamento Gerado pelo Usuário”, publicada no portal DoisZ.com, o conteúdo produzido por pessoas reais, conhecido como UGC (User Generated Content), é percebido como autêntico e confiável pelo consumidor. 

Essa percepção reforça a importância de ter vozes humanas no mundo digital, mostrando que o público se conecta mais facilmente com conteúdos reais, ao invés de publicações “sem sentimentos”. 

Com isso em mente, usar a IA como uma ferramenta de suporte, tornará o seu trabalho mais fácil, sem perder a profundidade. Lembre-se sempre que um site deve refletir quem você ou sua empresa é, o que faz e como faz, tudo feito de forma natural. 

A Inteligência Artificial é um avanço poderoso, mas precisa ser usada com consciência. Assim, você garante originalidade, confiança e melhores resultados.

É recomendado utilizar textos gerados por AI em meu site?

O que é um conteúdo de baixo valor?

Colaboração para a criação deste artigo:

Jonathan Marckert - Revisão
Carla Lopes - Artes
Ana Lima - Redação