O que esperar do AI Mode, nova aba dos resultados de pesquisas do Google

Uma página de resultados totalmente gerada por AI. Entenda como essa mudança vai impactar o cenário de buscas e o papel dos websites


No dia 5 de maio de 2025 o Google publicou o que eles chamam de expansão do AI Overview (atual caixa com resposta gerada por inteligência artificial) para o AI Mode, uma aba onde o SERP (resultado das pesquisas) é totalmente generativo.


A novidade ainda não está disponível no Brasil, atualmente somente os norte-americanos podem utilizá-la de forma gratuita. Ainda não há previsão de sua chegada ao Brasil (maio de 2025), porém, podemos esperar a nova feature em breve, considerando que o AI Overview foi lançado no EUA e chegou ao Brasil 3 meses depois. 


Imagem ilustrativa da busca pelo AI Mode. Reprodução: Blog do Google

Sobre o AI Mode


O AI Mode utiliza uma versão personalizada do Gemini 2.0, modelo de AI do Google disponível para chat em https://gemini.google.com/app , conforme a corrida frenética de novos modelos muda diariamente, provavelmente isso expandirá evolutivamente para o SERP também.


Conforme a documentação, os resultados contarão respostas generativas, cards de comparações e outros recursos ricos, principalmente para produtos, além de resultados web (sim, os websites), conforme falaremos um pouco mais a seguir. 


Vídeo de divulgação oficial no canal do Google no Youtube

Onde ficam os sites na AI Mode


Conforme as demonstrações, vídeos e relatos de usuários que já utilizam no EUA de forma experimental, os sites são exibidos em cards com imagens, favicon, título do artigo ou página, além de nome do domínio.


O visual realmente para o AI Overview expandido, onde os links são distribuídos como fontes a serem consultados da resposta gerada em tempo real.


Segundo declarações do CEO da Google Sundar Pichai, o uso de AI nos resultados não está atrapalhando o tráfego na web e que os links distribuídos na composição da resposta recebem até mais cliques que a disposição convencional.

Imagem extraída do vídeo Introdução à AI Mode (https://www.youtube.com/watch?v=qbqZQFOVfA8) onde mostra os links de websites nos resultados gerados

Conforme a imagem do vídeo Introdução à AI Mode (inglês) , os links são distribuídos como 🔗 ao lado das respostas ou de forma rica em cards ou outros elementos inteligentes.

Mesmo com essa citação direta, é possível perceber em diversos cenários que há uma temerosidade em relação ao tráfego orgânico de forma geral na era da AI. Há linhas de pensamento falando sobre a “Era do zero click” do inglês Zero-click Era, onde as respostas geradas por AI consomem os conteúdos e não direcionam o tráfego para as fontes originais. 


De qualquer forma, observamos transformações de forma geral no cenário de SEO, Campanhas de Google Ads e tráfego por origem de outras AIs como o ChatGPT.


SEO e a busca pelas primeiras posições


O Google sempre enfatiza em sua documentação e Core Updates, atualizações que ocorrem várias vezes por ano e impactam toda a web, que o conteúdo de qualidade, original e exclusivo sempre terá espaço, ou seja, quem foca na experiência do visitante e em agradar sua audiência, corre riscos menores.


Não é de hoje que o SERP (resultado de pesquisa) tem mudado e dividindo espaços antigamente todo destinado aos websites para outros recursos como mapas, perguntas e respostas, widgets, vídeos curtos, imagens, top stories, AI Overview e etc. No futuro do SEO, precisa entender como trabalhar bem e com qualidade para estar de forma capilarizada nestes novos formatos e ser a melhor opção para o Google. 

Antigamente considerávamos de forma irrefutável que estar na primeira página do Google significava o top 10 nas posições, hoje podemos descer esse número para 5 ou 4, e isso vai se transformar novamente com a AI Mode onde um ponto é uma verdade irrefutável: o website e o conteúdo precisam ser cada vez melhores.


O Google ainda detém a maior parte do marketshare das buscas sem ameaças reais de concorrência. Reprodução: https://sparktoro.com/

Da busca e resposta para a conversa com o AI Mode


Provavelmente este é o aspecto mais transformador do formato da busca como conhecemos. O Google sempre enfatizou que seu objetivo é fazer com que o visitante saia rápido dele para usufruir da sua resposta, bom, não mais. 


Essa transformação vem ocorrendo lentamente, mas com o AI Mode, o choque será muito maior. Quando um visitante busca um lugar e o mapa que aparece diretamente na pesquisa, ele se resolve, assim como os interessados na previsão do tempo encontram sua resposta diretamente no resultado das pesquisas. 


Exemplos de busca que diminuem o click em links

A busca afinador online retorna uma aplicação diretamente na busca, sem necessariamente ir para um website

Ao buscar pela cotação do dólar, o resultado aparece antes mesmo de apertar para realizar a busca, ou seja, menos cliques em links

Semelhante ao anterior, a busca vai chover hoje gera o resultado baseado em localização para tentar resolver antes do SERP


Com o AI Mode, a caixa para conversar com a AI mostra uma semelhança grande com o ChatGPT, onde as conversas continuadas são mais interessantes para o ecossistema do que a evasão do visitante.


Isso pode mudar muita coisa e isso pode vir de forma otimista, por exemplo, as visitas podem ser mais qualificadas, uma vez que ela consumiu mais informação durante o processo conversacional diretamente na busca. 


Search (Busca) > Research (Pesquisa) > Pre-order (Comparar e comprar)


Esta jornada é comum no processo de conversão de um visitante, onde a evolução do conhecimento acontece de forma progressiva, assim como a confiança para realizar determinada ação. É provável que este processo com a AI Mode aconteça em sua maioria no próprio Google ou, em algumas situações, até totalmente. Em demonstrações no Google I/O, o gigante das buscas mostrou experimentos de funcionalidades que fazem a compra diretamente pela conversa pela AI, mostrando que essa integração dos websites com os serviços de AI podem se tornar não apenas mais um recurso, mas também a garantia de sobrevivência em um cenário cada vez mais competitivo.


Vídeo em inglês com a demonstração de funcionalidades de AI no futuro das compras

Resumo



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