O que é GEO? O termo que parece ser o futuro do SEO

O SEO começou em meados da década de 90 com o propósito de fazer com que sites aparecessem melhor nas buscas, em especial, do Google. Logo se percebeu que estar na frente gera mais visibilidade e visitas e isso pode ser decisivo em diversos mercados.

Com a AI e ChatGPT com respostas em formato de conversa, essa batalha de posicionamento também entrou neste formato, porém, não há mais uma lista com posições, e sim websites que são citados e outros, não.

O GEO, que pode ser traduzido como otimização para mecanismos generativos, veio exatamente com este propósito, unir técnicas para um website ser citado mais que outro, sendo assim uma opção mais confiável para a AI; daí vem também o termo AIO, otimização para inteligência artificial.

O AIO (Otimização para as IAs) precisa de algo diferente do SEO?

Podemos dizer que, essencialmente, um website com bom SEO já possui um bom GEO ou AIO. Mas, por que podemos dizer isso?

Simples, uma vez que um site com bom SEO possui autoridade, conteúdo interessante e exclusivo, além de boa qualidade técnica, tudo isso se aplica de forma positiva para a AI, afinal, é o que ela também precisa para saber para garantir uma resposta confiável e adequada para a intenção de seus visitantes.

Ao analisar 250 sites do Interago, por exemplo, podemos concluir que mais de 90% dos que possuem mais acesso no Google também recebem mais acessos do chatGPT do que os demais. Mas isso significa que os mesmos sites serão exibidos em ambos para os mesmos termos? Não.

Mas, não pense que as coisas funcionam da mesma forma. Um estudo do Ahref mostra que, em média, 12% das respostas da AI mostram um site no Top 10 Google, aliás, a maior parte sequer está ranqueada no top 100.

Por que os sites que aparecem no Top 10 Google não aparecem exatamente da mesma forma no ChatGPT?

A forma como o ChatGPT (e AIs de forma geral) formatam a resposta é essencialmente diferente. As respostas são “montadas" com um mix de fontes que avaliam cada pergunta de forma granular, onde cada serviço de AI exibe fontes ou cita websites conforme seus próprios interesses de acordo com cada etapa da conversa. Por exemplo, o Google exibe fontes de website em mais de 75% das vezes no AI Overview, pois é parte de sua estratégia.

Existem estratégias que valem a pena focar em termos de GEO, por isso vamos listar abaixo 10 itens de SEO que todo site precisa e 3 específicos de GEO que vale a pena pensar sobre.

10 itens de SEO que aplicados ao site, também ajudam no GEO

1 de 10: O conteúdo foi criado com esforço

O termo esforço é utilizado diversas vezes na documentação do Google quando se refere ao conteúdo, seja nos Qualificadores de Qualidade, quanto na explicação sobre EEAT, entre outros.
Mas afinal, o que isso significa? De forma prática e resumida, houve pesquisa para produzir o conteúdo, observação de dados, atenção à escrita e isso envolve também o trabalho nas mídias de imagem e vídeo.
O conteúdo produzido com esforço é interessante, original e exclusivo. O conteúdo gerado com baixo esforço é comum, genérico e copiado.

2 de 10: Site rápido

O rastreamento do site começa com a visita de um robô, ou seja, todos os sites recomendado pelo Google ou AI receberam uma visita, seus respectivos links visitados e o conteúdo, no mínimo, processados. As empresas como Google, OpenAI e outras não revelam quanto tempo seu robô “espera" para o site carregar, entretanto, sabemos por métricas como o WebVitals que o site deve carregar em menos de 2,5 segundos seu elemento mais importante, seja ela uma imagem ou bloco de texto

3 de 10: O site não cai e não tem erros

Aproveitando o item anterior, quando o site cai ou apresenta erros, o robô não pode ler ele. A complexidade disso aumenta (assim como a necessidade de observar bem os melhores) na medida que o site expande. Os sites com milhares ou milhões de páginas podem apresentar muitos direcionamentos (3xx), erros 5xx ou páginas não encontradas (4xx). Outro problema comum é o site encaminhar links não encontrados para a inicial, o que bagunça o conteúdo já processado pelos robôs, assim como os caminhos antes e posterior ao link problemático.

4 de 10: O site resolve o problema do visitante

Infelizmente, isso não é tão óbvio pelo fato do website ser uma engenharia que envolve layout, conteúdo e interatividade. Muitas vezes o website não é focado em resolver o problema do visitante, mesmo sendo bonito e todo animado. Por exemplo: Quando o visitante quer o telefone de uma loja, dê a ele o telefone sem precisar rolar, apertar botões ou interagir com elementos.
Quanto mais simples, melhor, e isso se refere ao MC (main content) da página e sua capacidade de resolver problemas reais.

5 de 10: O código do site é bem feito e com dados estruturados

Nem tudo é conteúdo, o site é um software, principalmente os mais dinâmicos e interativos. Dependendo do código do site, o robô pode se deparar com 1 mega de conteúdo que não interessa ou, em um bom cenário, com 100kB que contém tudo o que ele precisa. Em situações reais, o robô perde tempo e nem encontra o que precisa porque o código não entrega o que precisa.

6 de 10: Além do site, a boa reputação é visível

Sim, estamos falando de backlinks e eles importam. Se uma marca, empresa, pessoa ou entidade é citada de forma positiva e há link entre sites que comprovam isso, há benefícios de boa reputação. Os backlinks precisam acontecer naturalmente, assim como avaliações, menções gerais da marca e UGC de forma geral, no caso, o próximo item.

7 de 10: O site possui UGC (Conteúdo gerado por pessoas)

A sigla UGC vem do inglês user generated content e pode ser traduzido literalmente para conteúdo feito por pessoas. Este tipo de conteúdo podem gerar provas sociais importantes que vão de comentários à depoimentos e vídeos que agregam valor ao conteúdo. Naturalmente, o conteúdo gerado por pessoas é exclusivo e endossa ainda mais o conteúdo que foi gerado com esforço.

8 de 10: Os links são organizados

Os websites geralmente são divididos em tópicos e, dependendo da quantidade de conteúdo, há níveis de profundidade para facilitar o visitante a encontrar o que lhe interessa.
Semelhante à pastas no sistema operacional, quanto mais organizado o conteúdo for, mais fácil também será para o robô ler e categorizá-lo, assim como focar no conteúdo que interessa e não em links de passagem como listas ou buscas (desde que não seja isso o que interessa para o visitante).

9 de 10: O conteúdo do site corresponde ao que as pessoas procuram

Quando uma pessoa faz uma pergunta semelhante a "Quanto custa um cursinho de medicina integral”, nitidamente ela quer um preço ou valor; se o site da escola que oferece esse curso não possui valor, não faz sentido colocá-lo para participar dessas buscas. De forma semelhante, uma busca por “estacionamento 24h perto de guarulhos” priorizará os locais que deixam claro em seus sites, catálogos de empresas, Google Maps e demais serviços o termo “24 horas”. Dê às pessoas o que elas querem e não o que você quer dar.

10 de 10: O site não tenta burlar os robôs com técnicas estranhas

Este item possui um caráter mais técnico e trata o fato de tentar cometer abusos sem ser percebido afim de se destacar. ⚠️ Isso não é bom e não compensa gastar tempo com isso ao invés de gastar tempo com qualidade técnica e de conteúdo.

3 dicas extras para melhorar o GEO

Dica 1 para o GEO: Use FAQ

O FAQ é vastamente conhecido por “Perguntas frequentes”, geralmente disposto em listas de perguntas e respostas. E o que um tipo de conteúdo tão clássico tem a ver com a AI? Tudo, pois as perguntas e respostas objetivas são ótimas para o treinamento de conteúdo generativo, onde é possível aprender sem rodeios uma vasta quantidade de conteúdo ao consumir pouco texto.

Além de ser um aprimoramento do Google com visibilidade de performance no Search Console, vale a pena pensar neste tipo de conteúdo também no cenário das AIs.

Dica 2 para GEO: Use dados próprios, realmente próprios

A AI generativa, como o próprio nome diz, pode pesquisar diversas origens e sintetiza seu aprendizado para criar novos textos, o que reduz consideravelmente a importância deste esforço ao criar um conteúdo.

De forma resumida, seu conteúdo não é mais “importante" porque você pesquisou algumas fontes e expôs dados e referências sem trazer nada de novo. Isso a AI faz tranquilamente e, provavelmente, precisa de menos água do que você.

Neste artigo nós falamos que de 250 sites analisados do Interago, mais de 90% dos que mais recebem visitas orgânicas no Google, também recebem mais visitas vindas pelo chatGPT. Essa informação não está em lugar nenhum, além daqui; caso esteja, foi replicada daqui. A AI, assim como o Google, quererem que você contribua online oferecendo informações novas e importantes para os visitantes, pois está realmente fácil criar resumos do que já existe.

Dica 3 para GEO: Vincule conteúdos à pessoas e institucionais de forma real

Elimine traços de subjetividade, de forma geral. Elementos como “sobre”, “autor" e “organização" ajudam em GEO devido ao fato de permitir o cruzamento de informações importantes que comprovam a veracidade e autoridade do conteúdo de forma geral. Ou seja, um estudo com números reais realizado por uma organização respeitada, produzido por pessoas especializadas e com interação de pessoas reais possui uma “pontuação” melhor para ser citado.

Recapitulando 🤔

O SEO ajuda no GEO? Quanto?

O SEO quando pensa na qualidade do conteúdo do conteúdo e técnica do website, ajuda. De acordo com os sites do Interago, a maioria dos sites que possuem acesso pelo Google, também recebem acesso pelo chatGPT.

O site que aparece no Google também aparece no ChatGPT?

Não necessariamente. O ChatGPT e outras AIs utilizam uma forma diferente de analisar as entradas do visitante e elaborar suas respostas, onde dependendo da circunstância, pode ser citado empresas, pessoas, sites, vídeos, entre outros no decorrer da conversa.

Qual AI mais segue o ranking do Google?

É a AI Overview, gerada pela pesquisa do Google, onde os sites do Top 10 aparecem em até 75% das respostas. Segundo o Ahref.

O que mais ajuda no GEO?

É a autoridade do conteúdo e de quem gera o conteúdo. Quanto mais informações a AI possui da fonte para gerar credibilidade, melhor. Comparando ao SEO tradicional, é o EEAT (experiência, especialização, autoridade e confiança).

Espero que este post ajude na produção de seus conteúdos, ótimos resultados!